Aquecimento global causa morte de milhões em quase 10 anos, segundo estudo

Data: 30/10/2025
Redação -


Óbitos “evitáveis” se relacionam a falha de políticas públicas

Aquecimento Global é o nome dado ao fenômeno de aumento anormal das temperaturas do planeta Terra, tomando como referência de medição de níveis pré-industriais. Esse aumento é causado pela emissão de gases do efeito estufa (GEE), como o dióxido de carbono, proveniente da atividade antrópica e das alterações que os seres humanos provocam no meio ambiente.

Como resultado, tem-se as mudanças nos padrões do clima global, derretimento de geleiras, aumento de nível dos oceanos e perda de biodiversidade. A ação urgente do Estado, empresas e populações é necessária para a minimização do aquecimento global.

O mais recente relatório anual Countdown da revista médica Lancet aponta um agravamento na saúde populacional devido aos efeitos do aquecimento global e às falhas das políticas públicas, levando a milhões de mortes “evitáveis” em quase uma década.

"As mudanças climáticas ameaçam a saúde a um nível sem precedentes", reforça o estudo divulgado no dia 29 de outubro, que contou com a participação de centenas de pesquisadores internacionais coordenados pela University College London, em colaboração com a Organização Mundial da Saúde.

Pela primeira vez, o estudo forneceu uma estimativa precisa sobre a mortalidade ligada a fenômenos climáticos, como fortes onda de calor, longos períodos de seca e poluição atmosférica.

De acordo com os autores, entre 2012 e 2021 a média de óbitos no mundo ligada ao calor foi de 516 mil por ano, o que revela aumento significativo em comparação com a década de 1990.

Ao mesmo tempo, os incêndios florestais mataram ao menos 154 mil pessoas no planeta em 2024.

Segundo a pesquisa a pesquisa, as oportunidades para transição climática “justa” ainda existem, mas permanecem em grandes partes inexploradas.

"Reverter políticas prejudiciais e avançar com ações significativas contra as mudanças climáticas é crucial agora para proteger a saúde e a sobrevivência das pessoas", diz o relatório, que criticou duramente o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de retirar seu país de programas internacionais de ajuda e iniciativas climáticas.

O documento, publicado a poucos dias da COP30, que ocorrerá no Belém do Pará no dia 10 até o dia 21 de novembro, elenca numerosas consequências para o aquecimento global que são consideradas perigosas para a saúde, como: as ondas de calor são prejudiciais, principalmente para idosos e recém-nascidos, já os longos períodos de seca afetam a produção de alimento para muitas pessoas, enquanto a poluição atmosférica pode levar doenças respiratórias.

Por Caroline Vitória - estagiária, Gazeta Rio

Foto - Surasak Suwanmake/Getty Images


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