Coluna Persona: A pesquisadora que esteve a serviço da cultura brasileira

Data: 21/10/2025
Redação -


A homenageada é a escritora, museóloga e pesquisadora LYGIA SANTOS.

LYGIA, em seus escritos, combinava paixão e compromisso com a cultura brasileira, dedicou sua vida à pesquisa, valorizando a cultura popular brasileira, focando seu trabalho no resgate de personalidades do samba.

Nossa homenageada foi uma das mais respeitadas intelectuais negras do país, deixando um legado em sua obra que enaltece a memória cultural brasileira.

No seu DNA, a intelectual tinha o samba entrelaçado nas suas entranhas por ser filha do compositor DONGA, que gravou o primeiro samba “PELO TELEFONE.”

A escritora foi advogada de formação, mas dedicou sua carreira como museóloga, professora, pesquisadora, comentarista de carnaval, autora de livros. Coordenou o projeto “Concertos de choro”, revelando nomes que foram expoentes da música brasileira. Entre esses artistas que foram projetados por LYGIA estão o violonista Rafael Rabelo, a cavaquinista Nilze Carvalho, o grupo de choro Galo Preto e Luciana Rabelo, instrumentista.

Trabalhou em diversas instituições públicas e privadas. No Museu da Imagem e do Som, FUNARJ, Secretaria de Educação e Cultura do Município do Rio de Janeiro, do Instituto do Carnaval da Universidade Estácio de Sá.

Nos anos de 1980, fez parte da coordenação do projeto Kizomba e Canto Livre de Angola, com o artista Martinho José Ferreira. O projeto fazia do intercâmbio entre países africanos, inclusive com artistas da África do Sul que estavam no exílio na época por causa do apartheid.

Com Marília Barbosa, Lygia Santos lançou o livro Paulo da Portela – traço de união entre duas culturas.

LYGIA SANTOS faleceu em 2025 aos 91 anos

Por Ury Binzu


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