Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
De acordo com os dados divulgados no dia 03 de novembro, pelo Observatório do
Clima, o ano de 2024 foi um marco para o Brasil na questão de emissões de gases
do efeito estufa.
As emissões brutas de gases de efeito estufa do Brasil caíram 16,7% em 2024,
atingindo 2,145 bilhões de toneladas de gás carbônico equivalente (GtCO2e),
contra 2,576 GtCO2e em 2023. É a segunda maior queda nos índices de poluição
climática do país já registrada desde o início das medições, em 1990, e a maior
desde 2009, quando o recuo foi de 17,2%.
Essa é a 13º edição do Sistema de Estimativas de Emissões de Gases do Efeito
Estufa (SEEG), que traz um panorama do ano de 2024 a partir do inventario de cinco
grandes setores: mudança de uso da terra, agropecuária, energias, processos
industriais e resíduos.
Segundo a pesquisadora Bárbara Zimbres, do Instituto de Pesquisa Ambiental da
Amazônia (IPAM), desde 2022, o setor tem observado queda nas emissões
decorrente do aumento do controle do desmatamento.
“No último ano a gente teve a maior queda nas emissões brutas de 32%”, destacou.
A Amazônia registrou a queda expressiva com redução de 41% nas emissões de
gases do efeito estufa e o Cerrado também reduziu 20% a poluição climática, mas
no Pantanal foi o bioma com a queda mais expressiva de forma proporcional ao seu
território, com redução de 66%.
Apenas o Pampa teve um aumento de 6%, comparado aos últimos anos.
Em 2024, o setor agropecuário também registrou queda de 0,7% nas emissões de
gases do efeito estufa, enquanto os demais setores aumentaram o volume de
poluição climática, registrando aumentos de 0,8% em energia, 2,8% em processos
industriais e 3,6 em resíduos.
Por: Caroline Vitória – Gazeta Rio, estagiária